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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



O PREÇO DO VERDADEIRO DISCIPULADO
por Daniel Novais

Certa feita Jesus, juntamente com seus discípulos chegaram à região de Cesáreia de Filipe, na região norte da Palestina. Jesus vira para eles e pergunta o que as pessoas estavam falando d’Ele, depois de muitas respostas frustrantes, Jesus pergunta-os: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro então, toma a dianteira e exclama categoricamente: “Tu é o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Depois que Jesus declara a verdadeira fonte da confissão de Pedro, o Mestre da Galiléia diz que irá edificar uma igreja triunfante e vitoriosa contra as potestades e exércitos do mal.
O texto sagrado do evangelho de Mateus, capítulo 16, continua a narrativa informando que, desse dia em diante, Jesus começou a anunciar a sua paixão e ressurreição.
Jesus estava falando que iria edificar a sua igreja. Uma igreja triunfante e vitoriosa contra as forças maléficas, todavia, para que esta igreja tivesse seu inicio, Jesus teria que reconciliar os homens com Deus em sua morte e ressurreição. Jesus teria que se humilhar, esvaziar-se, renunciar o direito que lhe assiste de realizar seus atributos divinos de maneira independente. Essa era a sua missão, esse era o plano de Deus. Satanás nunca quis que isso se realizasse, por isso usa Pedro para convencer Jesus a desistir da sua missão. Então, imediatamente Jesus repreende severamente a Pedro e então, elabora uma das afirmações mais fortes e profundas que já saíram dos seus lábios: “Se alguém quiser vim após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (24), pronto, o verdadeiro espírito do discipulado está revelado.
Jesus está à frente do caminho com a sua cruz nas costas caminhando para o Gólgota, está percorrendo em direção à concretização da sua missão resgate, quem quiser segui-lo e fazer parte da sua igreja triunfante deve entrar na “fila” dos verdadeiros discípulos de cristo, com a sua própria cruz e ir para o mesmo lugar que seu Mestre está trilhando. O caminho do Gólgota não tem volta, o homem crucificado só sai da cruz morto, ele pode até permanecer por algumas horas com vida, mas seu óbito é certo.
Quem quiser ser discípulo de Cristo deve está disposto a “crucificar” o seu ego depravado e sua natureza egoísta que só tem olhos para as suas próprias necessidades e integridade física; o homem sem Cristo faz com que todas as coisas gravitem em torno de si mesmo, mas a nova criatura gravita em torno de Cristo e vive por meio d’Ele e para Ele.
Pedro estava acostumado a seguir o Cristo dos milagres, da multiplicação dos alimentos, das curas miraculosas, das manifestações de poder sobrenaturais, mas quando foi confrontado a seguir o Cristo do “Gólgota” escandalizou-se e não compreendeu a essência do evangelho. Que Jesus nos dê graça suficiente para compreendermos que “[...] ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Co. 5.15), sabendo que “[...] as aflições deste mundo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm. 8.18).
Que Deus abençoe a todos!!!
Daniel Novais, casado a dois anos com Rita, dirigente da Congregação Batista Betel do Lot. Água Branca, estudante de Teologia.

Um comentário:

  1. Olá Dan!!!

    O texto nos leva a uma reflexão: será que temos as características do verdadeiro discípulo? Sabemos que precisamos renunciar a nossa vontade e fazer a vontade de Deus, independente de qualquer circunstâncias agindo dessa forma estamos dispostos a carregar a nossa cruz!!!!!!
    Rita Alves

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