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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O nascimento do Rei

O nascimento do Rei chegou. O Natal é uma festa de grande alegria. Traz glória a Deus no céu e alegria na terra entre os homens. O anjo disse aos pastores de Belém: “Não temais, porque vos trago novas de grande alegria para todo o povo; é que hoje na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Os céus de Belém se cobriram de anjos e uma música ecoou desde as alturas: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama” (Lc 2.14). Devemos celebrar o nascimento de Jesus com entusiasmo, com gratidão e com louvor em nossos lábios. O Natal foi planejado na eternidade. Foi prometido no tempo. Anunciado pelos profetas. Cumprido na plenitude dos tempos. Deus entrou em nossa história, encarnou-se, vestiu a nossa pele e calçou as nossas sandálias. Jesus veio ao mundo não apenas para estar ao nosso lado, mas para ser o nosso substituto. O Rei dos reis fez-se servo. Sendo rico, tornou-se pobre. Sendo santíssimo, fez-se pecado. Sendo o autor da vida, morreu em nosso lugar.
O nascimento do Rei foi um golpe no orgulho dos poderosos. O Rei dos reis não entrou no mundo vestido das glórias celestiais. Ele não nasceu num palácio, mas numa estrebaria. Não pisou tapetes aveludados, mas andou pelas estradas poeirentas da Palestina. Não usou um cetro de ouro, mas empunhou um cinzel na dura faina de uma carpintaria. Não veio ostentando poder, mas esvaziou-se e tornou-se servo. Não reivindicou seus direitos, mas humilhou-se até a morte e morte de cruz.
O nascimento do Rei aponta-nos para o insondável amor de Deus. Ele nos amou desde toda a eternidade. Deus nos amou não porque merecíamos ser amados. Amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Ele amou-nos sendo nós filhos da ira. Amou-nos e deu-nos seu Filho Unigênito. Deu-o como oferta pelo nosso pecado. Entregou-o para ser cuspido pelos homens e ser pregado numa cruz como nosso substituto.
O nascimento do Rei revela que há uma estreita conexão entre a manjedoura e a cruz. O Rei da glória entrou no mundo como o Cordeiro de Deus. Ele nasceu para morrer. Jesus é o nosso Cordeiro Pascal. Ele foi imolado em nosso lugar. Seu sangue foi vertido para expiar os nossos pecados. É pela sua morte que recebemos vida. É pelo seu sacrifício que somos perdoados, remidos e reconciliados com Deus.
O nascimento do Rei abriu-nos o caminho de volta para Deus. Ele mesmo é o caminho do céu. Ele é a porta da glória. Por meio dele temos livre acesso ao Pai e podemos entrar confiadamente na presença daquele que está assentado no trono. É por meio de Jesus que somos reconciliados com Deus. É por meio de Jesus que recebemos vida em abundância. É por meio de Jesus que somos adotados na família de Deus, somos feitos filhos de Deus, e nos tornamos herdeiros de Deus.
O nascimento do Rei é a festa da vida e da salvação. Precisamos resgatar o verdadeiro sentido do Natal. Precisamos devolver o Natal ao seu verdadeiro dono. Precisamos como os magos do Oriente, ir a Jesus para adorá-lo, depositando a seus pés os nossos melhores tesouros, pois ele é digno de receber toda honra, toda glória e todo o louvor.
Texto retirado do site www.hernandesdiaslopes.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Virtudes que não podem faltar a uma igreja

Estamos chegando ao final de mais um ano e nesse período as igrejas cristãs se movimentam para escolherem seus lideres, presbíteros, diáconos, presidentes de departamentos e demais ministérios eclesiásticos. Diante da crise espiritual que a igreja brasileira é alvo, se torna imprescindível resgatarmos virtudes cristãs quase em extinção nos dias atuais. Baseados no relato bíblico de Atos 6.1-7, iremos analisar quais são essas virtudes:
Em primeiro lugar, não pode faltar na igreja comprometimento (1) O texto afirma que o número dos discípulos estava aumentando consideravelmente, e as viúvas judias de fala grega estavam sendo esquecidas de receber os donativos da igreja, enquanto as viúvas de fala hebraica continuavam a perceber a contribuição. No capítulo 4.32-35 é relatado um pouco da comunidade cristã em Jerusalém antes do período acima. É dito que: Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. Podemos perceber que as ofertas eram confiadas aos apóstolos e eles distribuíam essas ofertas de forma igualitária; o texto é enfático: não havia nenhum necessitado entre eles, todos eram atendidos, todos eram alcançados na distribuição dos alimentos, todas as pessoas necessitadas recebiam sua cesta básica, enquanto eles davam testemunho da ressurreição do Senhor. Todavia, a comunidade cresce e parece que os apóstolos não estavam mais conseguindo conciliar a pregação da palavra e cuidado pastoral com a atividade social.
Todavia, o texto sagrado informa que quem identifica esse problema não são os apóstolos, mas os cristãos helenistas que perceberam que algo estava errado e que precisava ser modificado. Às vezes o ângulo que a liderança está vendo a comunidade que preside não lhe permite enxergar alguns problemas, é preciso o envolvimento de toda a comunidade, é necessário que haja comprometimento de todos, com o objetivo único de melhorar o ambiente cristão que fazemos parte. E o mais importante é que os cristãos de fala grega não apenas identificam o problema, mas eles mesmos se colocam à disposição para solucionar o problema; todos os homens que foram eleitos possuem nomes gregos, Estevão, Felipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau; os próprios irmãos que identificaram o problema foram eleitos para sanarem o problema.
Em segundo lugar, não pode faltar na igreja solidariedade (2-4). Os apóstolos concordaram com as reivindicações e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Os apóstolos foram comissionados em primeiro lugar para pregar o evangelho da graça e não para distribuir alimentos às viúvas. Se eles não estavam mais conciliando o ministério da pregação da palavra e a assistência social, então eles tinham que escolher ou um ou o outro. Não que a comunidade não deva dar assistência às viúvas e necessitados ou que os apóstolos entendiam que esse trabalho era indigno ou coisa do gênero, o que está em foco aqui é necessidade de se distribuir funções ou responsabilidades para os indivíduos da própria comunidade, para o bem estar de todos. Se a igreja é um corpo, então, todos os membros devem trabalhar para a manutenção agradável e harmoniosa desse corpo. Os cristãos devem estar prontos a conjugar o verbo servir. No texto em análise aparece duas vezes o substantivo (diakonia) e uma vez o verbo (diakoneo). O verbo “servir” aparece 37 vezes no novo testamento; o substantivo “serviço” aparece 63 vezes. O próprio Jesus estava disposto a conjugar esse verbo quando ele diz “que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em favor de muitos”.
E por último, não pode faltar na igreja voluntariedade (5-7). Os irmãos da comunidade acataram com o coração aberto a sugestão dos apóstolos e resolveram eleger homens que pudessem estar desenvolvendo essas funções. Todavia, não basta ser voluntário, é preciso um testemunho positivo, tanto dos da igreja, quanto dos de fora, uma espiritualidade solida e por fim, disposição para ser eterno aprendiz e habilidade para aplicar o conhecimento. Eu fico pensando se os apóstolos não exigiram e cobraram demais dos novos servidores, não era apenas para distribuir os alimentos? Era preciso tanta qualificação para essa simples tarefa? E minha resposta é não. Eles não exigiram demais, não. Qualificação somada à voluntariedade é igual a resultado. O verso sete diz “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”. Um grande avivamento espiritual estava acontecendo em Jerusalém, havia uma busca intensa e perseverante pela palavra de Deus, um espírito evangelístico-missionário permeava o ambiente daquela comunidade e Deus realizava o maior dos milagres, que é transformar um pecador miserável em uma pessoa cheia de fé e boas obras; até mesmo os sacerdotes, os perseguidores dos primeiros cristãos, se rendiam aos pés do Senhor.
A nossa oração é que Deus esteja dando sabedoria à sua igreja para selecionar homens e mulheres que tenham boa reputação, sejam cheios do Espírito Santo e cheios de sabedoria, para que Deus derrame sobre a igreja brasileira um perene avivamento espiritual, que transforme nossas igrejas e nossa nação. Que Deus nos abençoe.
Por Daniel Novais, dirigente da C.B.B. – Congregação Batista Betel desde 2008, bacharel em Teologia pela F.B.B. – Faculdade Batista Brasileira; casado com Rita Alves.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Para orar bem, você precisa desejar o mesmo para a vida dos outros.

Para orar bem, você precisa desejar o mesmo para a vida dos outros.
"O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje". Por que não o "meu pão", mas sim o "pão nosso?" Porque na oração do Pai Nosso existe a idéia de corpo.
Pai nosso (plural), pão nosso (plural), perdoa nossas dívidas (plural), livra-nos (plural). Isso é solidariedade. Se você ora apenas pensando em você, então você pode não estar orando bem. Há pessoas cujas orações giram em torno das expressões: "Senhor - o meu carro... Senhor - o meu pão... Senhor - a minha casa... Senhor - o meu dinheiro... Senhor - a minha roupa... Senhor - os meus sapatos... Senhor - a minha conta bancária... Senhor - o meu..., Senhor - o meu...". E o do outro? De um modo passivo, acabamos expressando algo como que "se vire", pois o importante é que eu esteja bem. Pode estar certo de que isso não agrada a Deus.
Sabe qual é a vontade do Senhor? Que você seja a causa da salvação de muitos. Não é o meu pão, mas é o pão nosso de cada dia. Não é apenas o perdão para os meus pecados, mas é o perdão para tantos outros que eu quero bem; não é só o livramento para a minha vida, mas é para todos aqueles que estão sendo tentados e precisam da proteção de Deus.
Deus não vai parar para ouvir a oração feita por um coração avarento, egoísta, ególatra, presunçoso, orgulhoso, petulante e narcisista. Jamais. O evangelho é uma mensagem de solidariedade. A Bíblia é um livro solidário, a ponto de, em Provérbios, estar escrito: "A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado" (Pv. 11:25). A Palavra do Senhor diz: "... dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão..." (Lc. 6:38). A Bíblia nos ensina a priorizar o outro. Se não houver, no seu coração, nenhuma predisposição à solidariedade, então pare e ore de outra forma: "Senhor, coloca no meu coração um sentimento de liberalidade e de solidariedade".
Quantas pessoas preferem ver a roupa apodrecendo no guarda-roupa a compartilhar com quem tem menos? Quantos preferem ver os sapatos mofando na sapateira a dá-los a quem pode menos? Quantos não tratam o cachorro com filé mignon e não tem coragem de oferecer um prato de sopa a alguém que bate na porta pedindo um pedaço de pão velho para comer? Quantas pessoas, dentro da própria família, vê o cunhado, o sogro ou a sogra passando privações, mas "dá de ombros", e diz: "E eu com isso?"; depois se deita e ora: "Pai Nosso que estás nos céus..." Deus sente repugnância por esse tipo de coisa. Nesses casos, Sua vontade é de gritar: "... porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca..." (Ap. 3:16). Como orar o Pão Nosso, se eu só me preocupo com a minha mesa? Como orar se eu só me preocupo com a minha casa, minha conta, minha cama, o meu..., o meu..., o meu...? Preciso estender a mão solidariamente, dizendo: "Dá-me mais pão porque eu quero dá-lo a quem precisa". Alguém disse: "Quando você morrer, não levará nada do que acumulou, só aquilo que você doou".www.familiaegraca.com.br

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Homengem a Messias, "Autoridade"


Ontem, dia 07/11, nos reunimos na Igreja Batista Betel para agradecermos a Deus pela vida do nosso irmão Messias. No dia 12/09, deste ano, Messias foi vítima de um grave acidente quase em frente da igreja deixando, dessa forma familiares, irmãos em Cristo e amigos todos apreensivos com relação à sua saúde. Mas, pela misericórdia divina, a sua vida foi polpada e Deus nos proporcionou de continuarmos desfrutando do seu carisma e da sua companhia agradável. O nosso Deus é o Deus do impossível, é o Deus que guarda e livra os seus filhos. Em Is. 49.15,16 está escrito: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei;" Nós devemos apenas confiar que esse Deus está no controle das nossas vidas, mesmo não sabendo o porquê ou para quê, estamos passando por adversidades, mas uma coisa sabemos: DEUS NÃO SE ESQUECE DE NÓS!!!!

domingo, 31 de outubro de 2010

Os princípios básicos da reforma do século XVI

A Reforma do século XVI foi uma volta às Escrituras Sagradas, um retorno à doutrina apostólica. Podemos sintetizar as ênfases da Reforma em cinco pontos distintos e axiais:
1. Sola Scriptura – Só as Escrituras – Os reformadores reafirmaram a supremacia das Escrituras sobre a tradição. A Bíblia é a única regra normativa de fé e conduta. Todas as doutrinas e ensinos forâneos ou estranhos às Escrituras devem ser rejeitados. A autoridade da igreja precisa estar debaixo da autoridade das Escrituras. Nenhum dogma ou experiência pode ser aceito se não tiver base na Palavra de Deus. Eis o que diz o artigo V da Confissão da Igreja Reformada da França, adotada em 1559: “Não é lícito aos homens, nem mesmo aos anjos, fazer, nas Santas Escrituras, qualquer acréscimo, diminuição ou mudança. Por conseguinte, nem a antiguidade, nem os costumes, nem a multidão, nem a sabedoria humana, nem os pensamentos, nem as sentenças, nem os editos, nem os decretos, nem os concílios, nem as visões, nem os milagres, devem contrapor-se a estas santas escrituras; mas, ao contrário, por elas é que todas as coisas se devem examinar, regular e reformar”.
2. Sola Fide – Só a Fé – Os reformadores sublinhavam também a supremacia da fé sobre as obras para a salvação. A salvação não é mérito humano, conquistado pela prática de boas obras, mas é obra de Deus, recebida de graça pelo homem mediante a fé em Cristo. A salvação não resulta da somatória de fé mais obras. A salvação é dom de Deus, recebida exclusivamente pela fé.
3. Sola Gratia – Só a Graça – Os reformadores reafirmaram a doutrina apostólica de que somos salvos pela graça. A graça é um dom imerecido de Deus a nós. O salário do pecado é a morte. Merecemos o juízo, a condenação, o inferno, mas Deus, pela sua infinita misericórdia, suspende o castigo que merecíamos e nos dá a salvação, que não merecemos. Isso é graça!
4. Solo Christu – Só Cristo – Os reformadores rejeitaram peremptoriamente a autoridade do papa sobre a igreja. O papa usurpa o lugar da Trindade. Ele usurpa o lugar de Deus Pai ao ser chamado de Pai da Igreja (Mt 23:9). Ele usurpa o lugar de Deus Filho ao ser chamado Sumo Pontífice (Supremo Mediador). A Bíblia diz que há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1 Tm 2:5). Ele ainda usurpa o lugar de Cristo quando ele se auto-intitula a pedra fundamental da igreja sobre a qual a igreja foi edificada. Cristo, e não Pedro, é a pedra fundamental da igreja (Mt 16:18; At 4:11-12; 1 Co 10:4; 1 Pe 2:6-8). Além do mais, o papa não é um sucessor de Pedro, visto que não existe sucessão apostólica. Finalmente, o papa usurpa o lugar do Espírito Santo, quando se autoproclama o Vigário de Cristo na terra (o substituo de Cristo na terra). Essa posição é exclusiva do Espírito Santo (Jo 14:16-17; 16:7-14). O Espírito é o outro consolador que veio ficar para sempre com a igreja. Assim, a reforma resgatou a verdade infalível da supremacia de Cristo como o nosso salvador, mediador e rei. Por causa da obra de Cristo todos os salvos são sacerdotes reais. O sacerdócio universal dos crentes é uma verdade consoladora. Todos temos livre acesso à presença de Deus, por meio de Cristo. Desta forma, cai por terra toda hierarquia espiritual no Reino de Deus.
Soli Deo Gloria – Só a Deus a Glória – Os reformadores reafirmaram a doutrina bíblica de que Deus não reparte sua glória com ninguém. Somente ele deve ser adorado e honrado. Toda glória que é dada ao homem é vanglória, é glória vazia.
Rev. Hernandes Dias Lopes. (retirado do site www.hernandesdiaslopes.com.br)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O perigo da passividade da igreja diante da sociedade

Texto At. 19.8-20
Presenciamos atualmente o alto índice de evangélicos emergindo na sociedade brasileira; igrejas de todo tipo e sabor têm desfilado nas cidades e estados da nossa nação. Temos sido testemunhas do crescimento desacelerado do movimento neo-pentecostal e de muitas igrejas emergentes, o que tem sido motivo de um sentimento ufanista por parte de alguns pastores, teólogos e demais cristãos de que, em alguns anos, o Brasil possuirá a maioria de sua população arrolada nas fileiras evangélicas.
No entanto, paralelamente a esse notório “crescimento” do evangelicalismo tupiniquim, observa-se o aumento da criminalidade, da corrupção, da dependência química, especialmente das drogas, da prostituição, os brasileiros tem sido telespectadores do colapso moral e ético em que o Brasil tem sido vítima; os vários meios de comunicação não param de informar a enxurrada de anomalias que a sociedade brasileira tem vivido.
Diante dessa triste realidade uma pergunta se faz notória: se a igreja evangélica está de fato crescendo por que a sociedade não tem sido “pintada” pelas cores do evangelho da graça? Esse paradoxo tem mobilizado muitas pessoas, inclusive pastores e teólogos, a uma reflexão séria desse momento complexo que a igreja evangélica brasileira encontra-se.
Nas páginas do Novo Testamento, especialmente no livro canônico de Atos 19.8-20, verifica-se uma correlação estreita entre a situação social da cidade romana de Éfeso e a situação social atual, a passividade da religião judaica de Éfeso e a passividade da maioria das igrejas evangélicas brasileiras. Por isso, entendo que uma análise do texto acima citado se faz necessário para identificarmos os problemas e as possíveis soluções para a realização de uma transformação da nossa sociedade.
Durante sua terceira viagem missionária Paulo, juntamente com os seus companheiros missionários, resolve aportar no centro religioso de Éfeso. Lucas tem o cuidado de nos informar que aquela cidade possuía uma sinagoga judaica, local onde os judeus se reuniam para cultuarem a Deus e praticarem toda a sua devoção religiosa. Todavia, o historiador sagrado tem a perspicácia de observar que naquela cidade havia muitos enfermos, pessoas endemoninhadas e possessas; Lucas insinua de que aquela sociedade estava submersa em uma vida promiscua, licenciosa e devassa, sem nenhum tipo de escrúpulos, moral e ético. Éfeso era conhecida pelas suas práticas religiosas sincréticas, o elevado número de adeptos ao ocultismo, paganismo e feitiçaria.
E no meio desse caos social, moral e religioso estava uma sinagoga de judeus, com toda a sua liturgia impecável, suas fórmulas de higiene e de dieta intoleráveis e sua teologia legalista, atitudes que mais repulsavam as pessoas do que as atraíam para os braços de Deus, programas que colocavam verdadeiras muralhas diante de uma população gentílica sedenta de Deus. Uma sinagoga que estava passiva diante desse decadente momento social e religioso, uma sinagoga que não influenciava as pessoas que estavam à sua volta, não promovia transformação, nem muito menos restauração espiritual.
No entanto o texto sagrado nos confere as seguintes palavras “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários,” (11). O narrador sacro serve-se do termo tychousas (extraordinário), que também pode significar “singular”, “especial” e “notável”, para adjetivar o substantivo “milagres”. Segundo o comentarista John Stott “Ele [Lucas] não os considera típicos, normais, nem mesmo para milagres”. (2008, p. 344).
O apóstolo Paulo não se limitava a expor as Escrituras a alguns judeus e gentios piedosos na sinagoga, nos seus primeiros três meses, e depois, por espaço de dois anos, na escola de Tirano, aos primeiros convertidos daquela cidade, os seus olhos estavam sensíveis à realidade espiritual caótica em que se encontravam uma multidão de pessoas em Éfeso. Deus se faz de Paulo como um instrumento para realizar milagres de cura e exorcismos; havia tanta gente nesta situação, que o apóstolo não estava dando conta da grande demanda de pessoas carentes de restauração e libertação, fato que levou algumas pessoas a solicitarem os aventais ou lenços, de uso pessoa do missionário, para levarem aos enfermos e endemoninhados e os mesmos eram curados e os demônios retiravam-se, não por algo inerente ao lenço ou alguma virtude no apóstolo dos gentios, mas pelo poder de Deus.
Lucas relata que, não havia apenas milagres, curas e exorcismos, ministérios tão propagados e incentivados como fim em si mesmo nos centros neopentecostais, mas havia transformação de vidas, regeneração, mudança de caráter, realidades “fora de moda” em muitos círculos evangélicos. O texto expressa: “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras. Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquinta mil denários. Assim, a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (18-20). As pessoas estavam sendo transformadas, conversões genuínas estavam ocorrendo naquela cidade, por intermédio de Paulo. John Stott terce o seguinte comentário em relação a esse texto: “O fato de os recém-convertidos estarem dispostos a jogar seus livros no fogo, em vez de converter o seu valor em dinheiro, vendendo-os, era uma evidência notável da sinceridade de suas conversões.”
Aquela sociedade estava sendo moldada pelo evangelho da graça, e não o evangelho sendo moldado pela sociedade. A igreja evangélica brasileira precisa ser alvo de uma visitação avivalística da parte de Deus, um avivamento que venha colocar em xeque esse “evangelho” barato que tem sido ofertado nos púlpitos de muitas igrejas, um avivamento que produza renovação e não inovação, que frutifique regeneração e conversões em massa ao nosso Senhor Jesus Cristo; uma visitação divina, como bem profetizou Isaías, “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os teus descendentes; e brotarão como erva, como salgueiros junto às correntes das águas.” (44.3,4).
A nossa oração é que, como chuva serôdia, a graça divina caia sobre a sua igreja, expurgando todo pensamento e atitudes espúrias, egoísticas; retirando o homem do centro e cedendo lugar à presença majestosa do Espírito Santo para que possamos ver de fato o nosso país colorido pelas cores do evangelho da graça de Deus. Que Deus nos abençoe.
Por Daniel Novais

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Tema: Será que a igreja não passará pela grande tribulação?
Texto de análise: 1Ts. 4.13-18 e 2Ts. 2.1-12

Segundo o autor Dwight Pentencost, teólogo dispensacionalista, a teoria escatológica dispensacionalista ou pré-tribulacionista defende que a igreja será, “por ressurreição e por transferência, retirada da terra antes de começar qualquer parte da septuagésima semana de Daniel”. (p. 217, 2006).
A teoria dispensacionalista teve seu inicio através do sacerdote irlandês John Nelson Darby (1800-1882). Entre outros ensinamentos Darby argumentava que havia uma radical descontinuidade entre a igreja e Israel, defendendo dessa forma a existência de dois povos distintos pertencentes a Deus, o qual tinha planos diferentes para cada um desses povos. Dwight Pentencost argumenta que:
A igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem um plano divino. A igreja é um mistério não-revelado no Antigo Testamento. Essa era de mistério presente insere-se no plano de Deus para com Israel por causa da rejeição ao Messias na Sua primeira vinda. Esse plano de mistério deve ser completado antes que Deus possa retornar seu plano com Israel e completá-lo. (2006, 217).
Junto com essa crença de uma separação entre a igreja e Israel, os dispensacionalistas defendem que a igreja será arrebatada antes da septuagésima semana profetizada por Daniel (Dn. 9.24-27), período também conhecido como a “Grande Tribulação”.
Escrevendo sua segunda carta à igreja de Tessalônica, no capítulo 2.1-12, o apóstolo Paulo corrige alguns falsos entendimentos “no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele” (v. 1), que estava ocorrendo na igreja macedônica.
O erro que estava circulando naquela igreja era de estar “supondo tenha chegado o Dia do Senhor” (v. 2). O comentarista William Hendriksen, destacado escritor reformado, entende esse erro da seguinte forma:
Essas pessoas em estado de entusiasmo estavam convictas de que ‘o dia do Senhor’ (ou seja, o dia de seu retorno para juízo e dos sinais que imediatamente precederiam sua chegada) já estava presente. Uns poucos dias mais, semanas ou meses, no máximo, e Jesus pessoalmente faria sua aparição nas nuvens do céu. Seu ‘dia’ chegará. (p. 197, 2007).
Os irmãos tessalonicenses haviam compreendido mal o ensinamento de Paulo na sua primeira carta sobre a vinda de Cristo, confundindo a vinda súbita com uma vinda imediata. Com essa interpretação concorda o teólogo I. Howard Marshal, o qual acrescenta: “Deve ser notado que o problema dos leitores não era, portanto, a demora da parusia, mas, sim, sua crença de que estava esmagadoramente iminente.” (p. 220, 2007).
Então, o apóstolo, no verso três, escreve dizendo “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,”. Nesse verso, Paulo claramente está afirmando que “a vinda de Cristo e a nossa reunião com ele” será precedida de dois sinais: a apostasia e a revelação do homem da iniqüidade, o filho da perdição.
O primeiro sinal, apostasia significa “queda, caída, rebelião, revolta.” (LOPES, p. 176, 2008). O teólogo Antony Hoekema argumenta:
Conforme empregada em 2 Tessalonicenses 2.3, a palavra apostasia é precedida por um artigo definido: a apostasia ou a rebelião. Tanto o artigo como a declaração de que esse acontecimento tem de preceder a Parousia indicam que o que aqui é predito é uma apostasia final e culminante, imediatamente anterior ao tempo do fim. (p. 184, 2001).
Todavia, é sobre o segundo sinal, o aparecimento do homem da iniquidade (antropos tes avomias) que manteremos uma atenção especial.
Mas, quem será esse “homem da iniqüidade, o filho da perdição” que o apóstolo claramente afirma que deverá aparecer (apocalipse) no cenário histórico antes que Cristo volte para a igreja possa se reunir com ele?
Segundo William Hendriksen o “antropos tes anomias” é o anticristo escatológico descrito nas epistolas joaninas: “Há também, toda razão para crer-se que o homem da iniqüidade descrito por Paulo é a mesma pessoa mencionada por João como sendo o anticristo.” (p. 200, 2007).
Hendriksen ainda fornece algumas razões que o levam a tal afirmação. Primeiro ele diz que “’O homem da iniquidade’ será revelado imediatamente antes da vinda de Cristo. O anticristo, acerca de quem os leitores têm recebido informações prévias, virá ‘na última hora’ (2Ts. 2.8; 1Jo. 2.18)” (p. 201, 2007); Segundo motivo é “’O mistério da iniquidade’ já está em operação. Mesmo agora ‘há muitos anticristos’ (2Ts. 2.7; 1Jo. 2.18)” (p. 201, 2007). o autor dessa forma argumenta que assim como o apóstolo João, Paulo também identifica que vários anticristos já tem se levantado nos seus dias. O terceiro motivo é descrito com essas palavras: “A vinda de ‘o homem da iniquidade’ é segundo a eficácia de Satanás, com grandes sinais e milagres, todos eles falsos. Semelhantemente, o anticristo é denominado de mentiroso e enganador (2Ts. 2.9; 1Jo. 2.22; 2Jo. 7)” (p. 201, 2007).
O pastor e teólogo presbiteriano, Hernandes Dias Lopes, segue a mesma linha de raciocínio Hendriksen quando argumenta: “Na teologia do apóstolo Paulo, o anticristo é visto como o homem do pecado. (2Ts. 2.3)” (p. 179, 2008).
O teólogo dispensacionalista Stanley M. Horton também identifica o “antropos tes anomias” com o anticristo joanino, quando reveste o anticristo dos atributos do “antropos tes anomias”. Por exemplo, ele diz que o “anticristo ‘se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora’ [...], e o anticristo ‘se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus’ (2Ts. 2.4). (p. 637, 2006). Stanley ainda continua dizendo que a vinda do anticristo será “segundo a eficácia de Satanás, como todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem” (2Ts. 2.9,10).
Logo, mostra-se bastante evidente que “o homem da iniqüidade” na teologia paulina é a mesma pessoa do “anticristo” na teologia joanina. (cf. Daniel 7.19-27; Apocalipse 13.1-8).
Mas, em que momento da história o “anticristo” figurará?
De acordo com o teólogo Stanley M. Horton o “anticristo” exercerá seu ministério sombrio durante a chamada “grande tribulação”. Ele argumenta que o anticristo “conseguirá o controle econômico e se tornará ditador do mundo inteiro. [...]. E depois, no fim da grande tribulação, comandará os exércitos de muitas nações arregimentados por Satanás, em Armagedom.” (p. 637, 2006).
Outro autor dispensacionalista que afirma que o “anticristo” estará em ação durante a “grande tribulação” é o teólogo J. Dwight Pentecost quando descrevendo algumas características do período da “grande tribulação” afirma que “As Escrituras falam muito sobre o individuo que aparecerá no fim dos tempos [...].” (p. 349, 2006). Ainda segundo Pentecost, agora citando o teólogo dispensacionalista Artur W. Pink, esse indivíduo escatológico, que aparecerá durante a “grande tribulação”, nas Escrituras recebe o nome de “o homem da iniqüidade (2Ts. 2.3), o filho da perdição (2Ts. 2.3), o iníquo (2Ts. 2.8), o anticristo (1Jo. 2.22), [...]. (p. 350, 2006), entre outros.
Todavia, se como concluímos acima, o “antropos tes anomias” ou “o homem da iniqüidade” citado por Paulo é o perverso “anticristo” retratado nas epístolas joaninas, e se esse “antropos tes anomias” realizará seus planos perversos no período chamado de “grande tribulação”, logo, no entender desse autor, a teologia dispensacionalista perde muito da sua força e coerência pelas seguintes razões:
(i) Como citamos acima o erro que estava circulando na igreja de Tessalônica era que a vinda de Cristo seria imediata, ou seja, a qualquer instante, cerca de poucos dias ou meses, Jesus voltaria para reunir a sua igreja junto a Ele. Contudo, o apóstolo afirma no verso 3: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,”. O que Paulo quer expressar é que a volta de Cristo e a nossa [da igreja] reunião com Ele se dará após a apostasia e a manifestação do homem da iniqüidade, juntamente com a tribulação que acompanhará sua manifestação. Como bem escreveu o teólogo Anthony Hoekema,
Portanto, qual seria o objetivo da advertência de Paulo se estes crentes fossem removidos da terra antes da tribulação? Uma vez que a igreja, em Tessalônica, era na sua maioria composta por crentes gentios, não se pode dizer que Paulo estivesse aqui descrevendo apenas para cristãos judeus. (p. 200, 2001).
Logo, a teologia pré-tribulacionista removeria da argumentação de Paulo a sua fundamentação, pois a igreja de Tessalônica, e de qualquer outro lugar, não precisaria esperar a manifestação do “homem da iniqüidade”, nem mesmo sua derrota pela vinda de Cristo (2Ts. 2.8) para se reunir com ele.
(ii) Em 2Ts. 2.1, o apóstolo afirma o tema da sua argumentação do capítulo, com as palavras “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos,”. Primeiro vamos analisar o termo “vinda” (parousia) esse termo significa “visita”, “presença”, “vinda” ou “retorno”. De acordo com Hernandes Dias Lopes (p. 104, 2008), citando Wiliam Barclay, diz que o termo parousia descreve a vinda de um rei, de um imperador, de um governador, depois essa palavra começou a significar a visita de um deus. Esse termo é o mesmo utilizado por Paulo em 1Ts. 4.15 “Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda (parousia) do Senhor, não precederemos os que dormem”. Isso serve para mostrar que o evento descrito em 1Ts. 4.13-18, texto muito usado pelos dispensacionalistas para ensinar um arrebatamento pré-tribulancionista, é o mesmo evento de 2Ts. 2.1; nos dois textos Paulo ensina sobre a vinda do Senhor. Diante do exposto acima, chegamos a conclusão de que a parousia de 1Ts. 4.13-18 é a mesma parousia de 2Ts. 2.1, logo a parousia se dará após a “grande tribulação”e não antes dela. Um outro termo importante a ser analisado é “nossa reunião com ele” (episynagoge). Segundo Anthony Hoekema episynagoge “é a forma substantivada do verbo utilizado para o arrebatamento em Materus 24.31: ‘os quais reunirão (episynago) os seus escolhidos ... de uma a outra extremidade dos céus’.” (p. 200, 2001). Além do mais, em 1Ts. 4.17 está escrito: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”. Paulo está dizendo que a igreja, na vinda de Cristo, será arrebatada para estar (esometa) para sempre com o Senhor; mas Paulo em 2Ts. 2.1,3 diz que a nossa reunião ou estar (esometa) com o Senhor, só se dará depois da aparição do “homem da iniquidade”, logo a passagem de 1Ts. 4.13-18 que ensina sobre o arrebatamento ensina que esse evento acontecerá após o aparecimento do “anticristo” e sua derrota pela vinda de Cristo.
Diante dos argumentos apresentados, a opinião do autor do presente estudo é de que, no mínimo, os textos de 1Ts. 4.13-18 e 2Ts. 2.1-12 não fundamentam a teologia pré-tribulacionista. Todavia, sempre que tratamos da área teológica da esatologia (o estudo das últimas coisas) devemos ter em mente que esse assunto não é matéria de ortodoxia, ou seja, um cristão não deixa de ser mais piedoso ou menos piedoso se divergirem nesse assunto. Logo o nosso objeto é promover a reflexão teologica sobre esse assunto tão discutido nos centros academicos, mas tão pouco explorado nas nossas igrejas.
Que Deus em Cristo abeçoe a todos.
REFERÊNCIAS
HOEKEMA, Anthony. A Bíblia e o Futuro. Cultura Cristã.
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: 1 e 2 Tessalonicenses, Colossenses e Filemon. Cultura Cristã.
LOPES, Hernandes Dias Lopes. 1 e 2 Tessalonicenses: Como se preparar para a segunda vinda de Cristo. Hagnos.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia: Uma análise detalhada dos eventos futuros. Vida.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. CPAD.
MARSHALL, I. Howard. 1 e 2 Tessalonicenses: Introdução e Comentário. Vida Nova.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Festividade da Congregação Batista Betel

Nos próximos dias 15 à 18 de julho, do ano de 2010.
A congregação Batista Betel estará comemorando 17 anos de existência.

PROGRAMAÇÃO

Na quinta, as igrejas Batista Monte Sinai e 4ª Batista Belém estarão louvando o Senhor e a mensagem ficará por conta de Natalício Santos, pastor da igreja Assembléia de Deus-Sede.
Na sexta, a igreja Batista Betel-Sede estará louvando o Senhor e a mensagem ficará por conta de José Oliveira, pastor da Igreja Batista Betel-Sede.
No sábado, as igrejas 1ª Batista de Jequié e Arca do Concerto estarão louvando o Senhor e a mensagem ficará por conta de Jean Santos, presbítero da Igreja Assembléia de Deus.
No Domingo, o grupo musical Art'Cantus estará louvando o Senhor, apresentações de jogral da Congregação e a mensagem, pela manhã e a noite, ficará com Silvio Lamêgo, pastor da Assembléia de Deus-Sede.

Venham, juntos comemorarmos o 17º aniversário da Congregação Batista Betel.

Efésio 2.1-10: Uma exposição da doutrina da graça


O apóstolo Paulo, através do capítulo 2 de Efésios, esboça, de forma inspiradora, a triste situação espiritual de todos os seres humanos e o grande plano salvífico elaborado pelo Deus Trino desde os tempos eternos.
O apóstolo da graça argumenta, em Efésios 2.1-3, que: em primeiro lugar, a humanidade está morta espiritualmente (estando vós mortos nos vossos delitos e pecados), ou seja, alheia à comunhão com Deus, destituídos da sua glória (Rm. 3.23), inimigos d’Ele (Rm. 5.10); Em segundo lugar, o ser humano sem Cristo encontra-se escravizado por forças opressoras, tanto internas como externas. Por fora está “o curso deste mundo”, a cultura secular prevalecente; por dentro estava “as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos”, nossa natureza caída, profundamente ligada ao egocentrismo e além desses dois, operando ativamente através destas influências, “o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”, que é o diabo, o príncipe das trevas, que nos mantinha em cativeiro. E por último estávamos condenados, pois “éramos, por natureza, filhos da ira”. A humanidade caída e transgressora dos princípios divinos é considerada culpada e suscetível à ira de Deus como penalidade dos seus próprios atos.
Mas, o apóstolo dos gentios não termina seu argumento nesses termos, ele informa à igreja sobre algo que Deus planejou desde a eternidade. O apóstolo explica o que foi que Deus fez, em Cristo, e depois diz o motivo que levou Deus a salvar o homem.
“O que foi que Deus fez?” – pergunta o apóstolo. Paulo diz que Deus fez três coisas. Primeiro Deus nos deu vida, “Mas Deus [...] nos deu vida juntamente com Cristo” (2.4,5). Em segundo lugar nos ressuscitou, “e, juntamente com ele, nos ressuscitou” (2.6a). E por último, nos exaltou “... e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (2.6b).
Outra pergunta pode ser levantada sobre o argumento apostólico: Por que Deus fez tudo isso, qual foi o motivo que levou o Senhor a realizar essa transformação magnífica no ser humano? O apóstolo relaciona quatro motivos que fez com que Deus agisse como agiu. Primeiro lugar, a sua misericórdia, “Deus sendo rico em misericórdia” (2.4a); Em segundo lugar o seu amor, “... por causa do seu grande amor com que nos amou” (2.4b); O terceiro motivo foi a sua graça, “pela graça sois salvos” (2.5,8) e a última razão de Deus nos salvar é a sua bondade, “... em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (2.7b).
Então, Paulo termina seu argumento escrevendo: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (2.10).
Comentando essa primeira parte do versículo o escritor John Stott ressalta: “A salvação é a criação, a nova criação. E a linguagem da criação é uma contradição a não ser que haja um Criador.” Na cruz Deus estava realizando um novo “genesis”, um novo começo, uma nova criação, um novo nascimento, nosso parentesco com “Adão” finalizou-se quando nos unimos pela fé a Cristo. A palavra “feitura” (grego poiema) significa “poema”, “arte”; os cristãos são como “telas de quadro”, onde Cristo é o “pincel” e o Pai o artista por excelência, por meio de Jesus, o Pai vai realizando sua magnífica obra de arte, a qual somos nós! E Deus fez tudo isso, diz o apóstolo, com um objetivo, “para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. A evidência que somos novas criaturas está no fato de nós desenvolvermos o caráter de Cristo em nossas vidas, sua ética, sua moral, seus princípios e valores. Permitir que o Espírito Santo imprima em nós as virtudes do fruto d’Ele e nos leve a cada dia a refletirmos o caráter de Cristo em nossas vidas. Esse é o nosso desejo e a nossa oração a Deus por todos nós. Amém!

Por Daniel Novais, Dirigente da Congregação Batista Betel.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Apresentação da Mocidade




A Mocidade da Congregação Batista Betel apresentou neste último domingo o jogral "A visão e o chamado de Isaías", uma mensagem profunda e desafiadora foi refletida pelos jovens. Que Deus continue a abençoar!!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

A IMENSURÁVEL GRAÇA DE DEUS


Texto: Mateus 19.16-22
O apóstolo Mateus narra a história (narrada também em Mc. 10-22; Lc. 18.18-23) de um jovem de classe alta da região da Judéia, o qual se aproxima de Jesus e lhe dirige a seguinte pergunta: “Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?” (v.16). Interessante observar o conteúdo da pergunta desse homem, porque ele não pergunta o que ele pode fazer para cooperar com Deus na sua perseverança salvífica (doutrina bíblica conhecida como perseverança dos santos, a qual ensina que o cristão tem participação ativa na sua santificação e coopera com Deus nela), mas pergunta como pode adquirir a salvação.
Jesus diante de tal pergunta lhe responde que ele deveria guardar os mandamentos; então o jovem devolve perguntando quais seriam eles; parece que ele havia se esquecido do texto de Levítico (Lv) 18.5 que diz: Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, observando-os o homem, viverá por eles. Eu sou o SENHOR. O texto mosaico claramente afirma que o homem apenas viverá se guardar toda a Lei.
O apóstolo Mateus nos conta que Jesus elenca apenas 6 mandamentos, os quais são: “não matarás” (v. 18), “não adulterarás” (v. 18), “não furtarás” (v. 18), “não dirás falso testemunho” (v. 18), “honra a teu pai e a tua mãe” (v. 19) e “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 19). Esses mandamentos de Jesus podem ser resumidos apenas pela cláusula “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 19), ou seja, esses mandamentos citados por Cristo estão claramente incompletos, como meios para se alcançar a vida eterna não são suficientes, pois o texto de Lv. 18.5 não exclui uma ordenança sequer; para que o homem alcance a vida por meio da lei mosaica, a mesma deve ser plenamente satisfeita.
Então, diante da resposta de Cristo o jovem então exclama: “Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?” (v. 20). Observe que o jovem faz essa pergunta, mas não esperava de fato mais alguma ordenança ou mandamento. Ele havia perguntado a Cristo quais eram os mandamentos suficientes para que ele pudesse alcançar a vida eterna, Jesus responde sua pergunta citando apenas seis mandamentos, logo, pelo simples raciocínio, a vida eterna está diretamente relacionada unicamente pela observância desses mandamentos citados, se cumpridos possuirá a vida eterna. A compreensão que se pode chegar diante da pergunta do jovem é que ele gostaria de ouvir de Jesus não mais um mandamento, mas a aprovação do Mestre da Galiléia de que ele [o jovem] tinha alcançado a vida eterna por causa da sua observância desses seis mandamentos.
No entanto, Jesus expressa que lhe falta apenas um único mandamento para que ele de fato alcançasse a salvação, então dessa forma ele diz: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.” (v. 21). O texto sagrado nos informa que, aquele “[...] jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.” (v. 22). Jesus lhe ensina que alcançará a vida eterna se destronar do seu coração as suas riquezas e posses (não há nenhuma intenção da parte desse autor fazer apologia à Teologia da Prosperidade), para entronizar a Deus no centro da sua vida, por meio de uma união sincera à Cristo e levar uma vida de dependência total do Mestre de Nazaré.
Jesus ensina àquele homem que a salvação, depois da queda do primeiro homem, jamais poderá ser fruto do mérito ou esforço humano (Mt. 19.26a), mas sim, pautada e concedida mediante a imensurável graça divina.
O apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos da Galácia contra os judaizantes (cristãos vindos do judaísmo, os quais ensinavam a salvação como uma união da fé em Cristo e da observância da lei mosaica), escreve o seguinte: “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” (Gl. 3.10), isso porque todos herdaram o pecado primeiro de Adão, todos mantêm disposições favoráveis ao pecado e todos praticaram, praticam ou praticarão o pecado, o qual é em essência transgressão da lei justa de Deus.
Porém, houve certo homem que conseguiu satisfazer todas as exigências da lei divina e “[...] nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro, para que a benção de Abraão chegasse aos gentios, [...], a fim de que recebêssemos, pela, o Espírito prometido.” (Gl. 3.13,14), esse homem além de levar sobre si a maldição divina que pesava sobre cada ser humano, creditou a sua justiça aos homens através da fé somente n’Ele e não pelas obras ou observância da lei. Esse homem, ou melhor, Deus-homem é JESUS CRISTO.
Os homens são incapazes de se auto-salvarem e de se auto-justificarem diante de Deus e ter vida eterna; o homem alcança a salvação não por algo que ele possa fazer, mas pela confiança em Jesus Cristo, o qual já realizou tudo por ele; a vida eterna não é independente da misericórdia divina, mas totalmente dependente da imensurável graça de Deus, a qual é aplicada pelo Espírito Santo sobre cada pessoa, mediante a fé em Cristo Jesus.Que Deus em Cristo Jesus, esteja concedendo, a cada dia, a sua imensurável graça a cada um de nós, pois ela [graça] nos é suficiente. Amém!
Daniel Novais, dirigente da Congregação Batista Betel, do Lot. Água Branca, estudante de Teologia, casado há dois anos com Rita Alves.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

MOCIDADE DA CONGREGAÇÃO BATISTA BETEL



Mocidade CBB - Congregação Batista Betel!!!!


O PREÇO DO VERDADEIRO DISCIPULADO
por Daniel Novais

Certa feita Jesus, juntamente com seus discípulos chegaram à região de Cesáreia de Filipe, na região norte da Palestina. Jesus vira para eles e pergunta o que as pessoas estavam falando d’Ele, depois de muitas respostas frustrantes, Jesus pergunta-os: “E vós, quem dizeis que eu sou?”, Pedro então, toma a dianteira e exclama categoricamente: “Tu é o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Depois que Jesus declara a verdadeira fonte da confissão de Pedro, o Mestre da Galiléia diz que irá edificar uma igreja triunfante e vitoriosa contra as potestades e exércitos do mal.
O texto sagrado do evangelho de Mateus, capítulo 16, continua a narrativa informando que, desse dia em diante, Jesus começou a anunciar a sua paixão e ressurreição.
Jesus estava falando que iria edificar a sua igreja. Uma igreja triunfante e vitoriosa contra as forças maléficas, todavia, para que esta igreja tivesse seu inicio, Jesus teria que reconciliar os homens com Deus em sua morte e ressurreição. Jesus teria que se humilhar, esvaziar-se, renunciar o direito que lhe assiste de realizar seus atributos divinos de maneira independente. Essa era a sua missão, esse era o plano de Deus. Satanás nunca quis que isso se realizasse, por isso usa Pedro para convencer Jesus a desistir da sua missão. Então, imediatamente Jesus repreende severamente a Pedro e então, elabora uma das afirmações mais fortes e profundas que já saíram dos seus lábios: “Se alguém quiser vim após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (24), pronto, o verdadeiro espírito do discipulado está revelado.
Jesus está à frente do caminho com a sua cruz nas costas caminhando para o Gólgota, está percorrendo em direção à concretização da sua missão resgate, quem quiser segui-lo e fazer parte da sua igreja triunfante deve entrar na “fila” dos verdadeiros discípulos de cristo, com a sua própria cruz e ir para o mesmo lugar que seu Mestre está trilhando. O caminho do Gólgota não tem volta, o homem crucificado só sai da cruz morto, ele pode até permanecer por algumas horas com vida, mas seu óbito é certo.
Quem quiser ser discípulo de Cristo deve está disposto a “crucificar” o seu ego depravado e sua natureza egoísta que só tem olhos para as suas próprias necessidades e integridade física; o homem sem Cristo faz com que todas as coisas gravitem em torno de si mesmo, mas a nova criatura gravita em torno de Cristo e vive por meio d’Ele e para Ele.
Pedro estava acostumado a seguir o Cristo dos milagres, da multiplicação dos alimentos, das curas miraculosas, das manifestações de poder sobrenaturais, mas quando foi confrontado a seguir o Cristo do “Gólgota” escandalizou-se e não compreendeu a essência do evangelho. Que Jesus nos dê graça suficiente para compreendermos que “[...] ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Co. 5.15), sabendo que “[...] as aflições deste mundo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” (Rm. 8.18).
Que Deus abençoe a todos!!!
Daniel Novais, casado a dois anos com Rita, dirigente da Congregação Batista Betel do Lot. Água Branca, estudante de Teologia.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Boas vindas!!!

Mocidade da Betel, este é o nosso espaço de confraternização e publicação de nossos trabalhos e eventos!!!!!!!!!!!